sexta-feira, 8 de abril de 2011

O estudante Mateus Moraes, 13 anos, ficou frente a frente com o atirador de Realengo.


O estudante Mateus Moraes, 13 anos, ficou frente a frente com o atirador de Realengo. "Pedi para ele não me matar e ele disse: 'Relaxa, gordinho, eu não vou te matar'. Enquanto ele recarregava a arma eu ficava orando. Deus me salvou", disse o menino, aluno da turma 1801, que estava na sala 03, a segunda invadida pelo atirador. Enquanto ele recarregava a arma eu ficava orando. Deus me salvou", disse o menino, aluno da turma 1801, que estava na sala 03, a segunda invadida pelo atirador. Mateus contou que, após ouvir os primeiros tiros, a professora de Português, que dava aula no momento, saiu da sala para ver o que estava acontecendo. Logo depois o assassino apareceu. "Ele entrou na sala e começou a atirar. Todo mundo se jogou no chão, tentando se escoder embaixo das mesas, mas ele foi atirando. Entrou e saiu da sala umas quatro vezes. Fiquei com muito medo de morrer, mas permaneci em pé e ele mandou sair da frente. Aí a polícia entrou e começou a gritar: 'Quem tá vivo sai', e saímos correndo. Mas vários amigos ficaram deitados, amontoados no chão", afirmou o estudante. AtentadoUm homem matou pelo menos 12 estudantes a tiros ao invadir a Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, zona oeste do Rio de Janeiro, na manhã do dia 7 de abril. Wellington Menezes de Oliveira, 24 anos, era ex-aluno da instituição de ensino e se suicidou logo após o atentado. Segundo a polícia, o atirador portava duas armas e utilizava pelo menos 10 dispositivos para recarregar os revólveres rapidamente. As vítimas tinham entre 12 e 14 anos. Outras 18 ficaram feridas. Wellington atirou em duas pessoas ainda fora da escola e entrou no local alegando ser palestrante. Ele se dirigiu até uma sala de aula e passou a atirar na cabeça de alunos. A ação só foi interrompida com a chegada de um sargento da Polícia Militar, que estava a duas quadras da escola. Ele conseguiu acertar o atirador, que se matou em seguida. Em uma carta, Wellington não deu razões para o ataque - apenas pediu perdão de Deus e que nenhuma pessoa "impura" tocasse em seu corpo. A Secretaria de Estado de Saúde e Defesa Civil confirmou na noite desta quinta-feira que 12 alunos e o atirador morreram em consequência do atentado a uma escola em Realengo, na zona oeste do Rio de Janeiro. Mais cedo, o Instituto Médico Legal (IML) havia chegado a informar que as vítimas fatais eram 12, mas depois voltou atrás e confirmou que apenas 11 corpos estavam no local. Segundo a secretaria, as vítimas fatais são 10 meninas e dois meninos. O 13º óbito da tragédia foi o de uma menino de 13 anos que estava internado no Hospital Estadual Adão Pereira Nunes (HEAPN). Nesta noite, foi informado ainda o estado de saúde dos feridos. No Hospital Estadual Alberto Torres, um estudante de 14 anos que sofreu lesão vascular grave no ombro direito passava por operação. Já no Hospital Adão Pereira Nunes, um menino de 13 anos baleado no olho direito passou por cirurgia. Uma estudante de 14 anos passou por operação no Hospital Estadual Albert Schweitzer e foi transferida ao Adão Pereira Nunes. No Albert Schweitzer, um paciente de 14 anos baleado no abdome e na mão tinha quadro considerado grave. Um paciente de 13 anos, com fratura no antebraço, e outros dois de 13 anos que foram baleados no abdome estavam internados com quadro estável. No local, um adolescente de 14 anos teve lesão na perna, passou por atendimento e teve alta. No Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia, dois alunos de 13 anos, baleados no braço e nas mãos, estavam internados com quadro estável. No Hospital Universitário Pedro Ernesto, um estudante de 13 anos baleado na perna e no braço estava consciente e estável. No Hospital da Polícia Militar, um adolescente de 14 anos baleado na cabeça, mão e clavícula foi operado e passava bem. AtentadoUm homem matou pelo menos 12 estudantes a tiros ao invadir a Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, zona oeste do Rio de Janeiro, na manhã do dia 7 de abril. Wellington Menezes de Oliveira, 24 anos, era ex-aluno da instituição de ensino e se suicidou logo após o atentado. Segundo a polícia, o atirador portava duas armas e utilizava pelo menos 10 dispositivos para recarregar os revólveres rapidamente. As vítimas tinham entre 12 e 14 anos. Outras 18 ficaram feridas. Wellington atirou em duas pessoas ainda fora da escola e entrou no local alegando ser palestrante. Ele se dirigiu até uma sala de aula e passou a atirar na cabeça de alunos. A ação só foi interrompida com a chegada de um sargento da Polícia Militar, que estava a duas quadras da escola. Ele conseguiu acertar o atirador, que se matou em seguida. Em uma carta, Wellington não deu razões para o ataque - apenas pediu perdão de Deus e que nenhuma pessoa "impura" tocasse em seu corpo.


FONTE JORNAL O DIA (RIO DE JANEIRO)

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