segunda-feira, 18 de abril de 2011

O deputado Zaqueu Teixeira (PT) defendeu o uso de câmeras em todos os colégios da rede estadual.





O atentado na Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, reabriu o debate sobre o controle do acesso às unidades de ensino. Presidente da Comissão de Segurança Pública da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), o deputado Zaqueu Teixeira (PT) defendeu o uso de câmeras em todos os colégios da rede estadual. “O conceito de escola aberta deve andar lado a lado com o conceito de segurança pública. Não adianta ter uma vigilância passiva, onde apenas se monitora. Defendo o uso das câmeras de segurança como vigilância ativa, para que, se algo acontecer, os órgãos de Polícia sejam acionados automaticamente”, apontou. Teixeira participou, nesta segunda-feira (18/04), de uma audiência sobre o tema, realizada em conjunto com a Comissão de Educação da Casa. Ouça na Rádio Alerj: [http://radioalerj.posterous.com/comissoes-da-alerj-debatem-seguranca-nas-esco] Representando a Comissão de Educação, o deputado Robson Leite (PT) disse acreditar que os inspetores escolares precisam desempenhar papel fundamental na redução da violência nas escolas. “Precisamos ter inspetores concursados, comprometidos com as instituições”, destacou. Opinião que é compartilhada pelo deputado Zaqueu Teixeira. “Verificamos a necessidade de a escola ter um inspetor, ter um orientador escolar. A escola também precisa se reformular para que seja um ambiente seguro”, comentou Teixeira, que destacou ainda a necessidade de políticas públicas voltadas para a prevenção da violência. Chefe de Gabinete da Secretaria de Estado de Educação (Seeduc), José Ricardo Sartini lembrou que a segurança nas escolas é uma antiga preocupação do Governo. “Temos 3.049 postos de vigias nas escolas da rede, ou seja, uma média de dois vigias por escola e ainda temos 80 escolas com postos de vigilância noturna e sete escolas com postos de vigilância 24 horas, armados”, revelou Sartini, acrescentando que o vigia desarmado atua no controle dos acessos das escolas e o vigia armado, na segurança patrimonial. “Basicamente, a função do vigia é auxiliar no acesso à escola. No caso de Realengo, ninguém teria o poder de impedir o criminoso de entrar, e até mesmo um policial armado poderia ter sido morto por ele. A secretaria não vê a necessidade de policiais armados nas escolas”, ressaltou. O coordenador do Programa Educacional de Resistência às Drogas (Proerd) da Polícia Militar do Rio, tenente-coronel Nélio Monteiro Campos, representante da Secretaria de Estado de Segurança, ressaltou que o Proerd é realizado em escolas públicas como uma das saídas para acabar com a violência nas escolas. “O projeto, que surgiu na década de 80, atua na prevenção ao uso de drogas, bullying e violência em geral. É um grande sucesso nas escolas onde passa. Atualmente, contamos com 138 policiais nesse projeto e, até o final do ano, 191 policiais estarão integrados ao programa”, contou o coronel, que disse ainda que a Tasso da Silveira, em Realengo, já recebeu o programa. “Este ano, os inspetores vão ministrar o curso no colégio a partir do segundo semestre”, informou. Para a conselheira Giovanna Marafon, do Conselho Regional de Psicologia, é importante ter cuidado para não reproduzir o modelo americano de combate à violência. “Acredito que as alternativas estão no campo escolar. O que temos feito pelos professores? Que espaço está restando para a questão pedagógica?”, questionou. Também participaram da audiência os deputados Luiz Martins (PDT), Clarissa Garotinho (PR) e Pedro Fernandes (PMDB), o subsecretário de Estado de Assistência Social e Direitos Humanos, Antônio Carlos Biscaia, e o vereador Paulo Messina (PV), do Rio de Janeiro. (texto de Vanessa Schumacker)


FONTE: ALERJ

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